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📅 Liturgia Diária Tradicional | 17 de Junho de 2025

Memória de São Gregório Barbarigo, Bispo e Confessor

"Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco; sobre o muito te porei. Vem participar da alegria do teu senhor." (Mt 25,21)

Nesta terça-feira, celebramos a memória de São Gregório Barbarigo, bispo reformador italiano. As leituras nos falam sobre a fidelidade dos antepassados na fé e sobre a responsabilidade de fazer frutificar os dons recebidos de Deus.

✝️ Primeira Leitura: Eclesiástico 44, 16-27; 45, 3-20

🌟 Destaques da Leitura:

• O louvor aos antepassados na fé
• A fidelidade de Abraão e seus descendentes
• A aliança de Deus com seu povo

16 Henoc agradou a Deus e foi arrebatado, para converter os que ainda estavam de alma endurecida.

17 Noé se tornou íntegro em sua geração e se tornou instrumento de salvação para outros.

18 Ficou remanescente na terra, porque Deus o preservou do dilúvio.

19 Fez aliança com Deus de que nunca mais haveria dilúvio destruidor.

20 Abraão, o pai de uma multidão de povos, tornou-se modelo de justiça e venerável pela descendência.

21 Por meio da carne, ele recebeu o sinal da aliança e foi fiel em todas as provações.

22 Recebeu promessa de bênção para a sua descendência e que se multiplicaria como as estrelas.

23 Seu filho Isaac seguiu seus passos, e Jacó também herdou as promessas.

24 A bênção continuou com Isaac e passou para as doze tribos de Israel.

25 Derramou graça sobre seu povo e foi reconhecido por sua fidelidade.

26 Os filhos e netos conservaram a aliança, e a herança foi passada às gerações seguintes.

27 David se destacou como exemplo de piedade e foi amado por seu povo.

Eclesiástico 45, 3-20

3 Pela sua fidelidade e mansidão, Deus o consagrou,
escolhendo-o entre todos os homens.
4 Fê-lo ouvir sua voz,
introduziu-o na nuvem,
e deu-lhe face a face os mandamentos,
a lei da vida e da ciência,
para ensinar a Jacó a sua aliança,
e a Israel os seus preceitos.

5 Exaltou Aarão, seu irmão, semelhante a ele,
da tribo de Levi.
6 Estabeleceu com ele uma aliança eterna,
e deu-lhe o sacerdócio do povo,
fez-no feliz com ornamentos esplêndidos,
e o revestiu de um manto de glória.

7 Cobriu-o com uma túnica longa,
e pôs-lhe sobre os ombros o efod,
8 e cinziu-o com um cinturão ornado de campainhas de ouro
e de romãs, obra de bordado,
para fazer ouvir seu som a cada passo,
e lembrar-se do filho do seu povo,
9 com a veste sagrada, de ouro, de jacinto e púrpura,
obra de artista,
com o peitoral do juízo, com o urim e tumim,
em bordado de escarlate, obra de artista,

10 com pedras preciosas gravadas como selos,
engastadas em ouro,
trabalhadas segundo a arte de um ourives,
para lembrança, segundo o número das tribos de Israel.

11 Pôs-lhe na cabeça uma coroa de ouro,
uma lâmina santa, uma insígnia de santidade,
ornamento magnífico, obra de artista,
em que estavam gravadas as palavras: Santidade do Senhor,
distintivo glorioso, obra de grande beleza.

12 Nunca antes dele existira semelhante coisa,
e jamais estrangeiro algum a usou.
13 Era somente para seus filhos,
e seus descendentes para sempre.

14 Os seus sacrifícios, serão consumidos
duas vezes cada dia continuamente.
15 Moisés o consagrou e ungiu com óleo santo.
Foi para ele uma aliança eterna,
para ele e para sua estirpe,
enquanto durarem os céus,
para exercer o sacerdócio e celebrar o culto,
e bendizer o povo em nome do Senhor.

16 Ele o escolheu entre todos os vivos,
para lhe oferecer sacrifícios,
incenso e perfume,
como memorial para aplacar o Senhor,
e para fazer intercessão pelo povo.

17 O Senhor o escolheu entre todos os vivos,
para lhe ensinar os mandamentos,
e instruir Israel em sua lei.

18 Homens estranhos se levantaram contra ele,
e encheram-no de inveja no deserto,
os que estavam com Datã e Abiron,
e a multidão de Coré, no furor de sua ira.

19 O Senhor viu e ficou indignado;
eles foram consumidos na violência da sua cólera.
Fez contra eles prodígios,
e consumiu-os com chamas ardentes.

20 Aumentou a glória de Aarão,
e deu-lhe uma herança:
deu-lhe as primícias dos frutos da terra,
e antes de tudo, pão em abundância.

📖 Evangelho do Dia: São Mateus 25, 14-23

✨ Versículos Essenciais:

• "A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, conforme a capacidade de cada um." (Mt 25,15)
• "Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco; sobre o muito te porei. Vem participar da alegria do teu senhor." (Mt 25,21)

14 "Será como um homem que, ao partir em viagem, chamou seus servos e lhes confiou seus bens.

15 A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, conforme a capacidade de cada um. Depois partiu.

16 O que recebera cinco talentos foi logo negociar e ganhou mais cinco.

17 Da mesma forma o que tinha dois ganhou mais dois.

18 Mas aquele que recebera um cavou um buraco e escondeu o dinheiro do senhor.

19 Muito tempo depois, o senhor voltou e ajustou contas com eles.

20 O que tinha cinco talentos apresentou outros cinco e disse: 'Senhor, confiastes comigo cinco talentos; aqui estão mais cinco que ganhei.'

21 O senhor respondeu: 'Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco; sobre o muito te porei. Vem participar da alegria do teu senhor.'

22 Veio também o que tinha dois talentos e apresentou os dois que ganhou.

23 E o senhor disse: 'Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco; sobre o muito te porei. Vem participar da alegria do teu senhor.'"

📌 Reflexão: Fidelidade e Fecundidade

As leituras de hoje nos apresentam dois temas complementares: a fidelidade e a fecundidade. No Eclesiástico, contemplamos a longa cadeia de homens fiéis que, desde Henoc até Esdras, souberam responder ao chamado de Deus e transmitir a aliança às gerações seguintes. Cada um deles, à sua maneira, foi fiel no pouco que lhe foi confiado e, por isso, Deus pôde realizar grandes obras através deles. No Evangelho, Jesus nos ensina, através da parábola dos talentos, que Deus distribui seus dons "conforme a capacidade de cada um" e espera que os façamos frutificar. Não importa a quantidade de talentos recebidos, mas a fidelidade com que os administramos. São Gregório Barbarigo, que hoje recordamos, é um exemplo perfeito desta dupla virtude: fiel à sua vocação episcopal, soube fazer frutificar os dons intelectuais e espirituais que Deus lhe concedeu, colocando-os a serviço da reforma da Igreja após o Concílio de Trento. Como bispo, fundou seminários, visitou paróquias, cuidou dos pobres e promoveu a educação cristã, multiplicando assim os "talentos" que o Senhor lhe confiara.

💡 Perguntas para Meditação:

🙏 Oração do Dia

Deus Todo-Poderoso e eterno, que fizestes de São Gregório Barbarigo um pastor segundo o vosso coração, zeloso pela formação do clero e pela santificação do vosso povo, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sermos fiéis aos dons que nos confiastes e de fazê-los frutificar para a vossa glória e para o bem dos nossos irmãos. Dai-nos a sabedoria para unir, como ele, a ciência e a fé, o zelo apostólico e a caridade pastoral. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.

👑 São Gregório Barbarigo, Bispo e Confessor (1625-1697)

📍 Origem e formação

Nasceu em 16 de setembro de 1625, em Veneza, Itália. De família nobre, foi educado com grande esmero intelectual e espiritual. Estudou filosofia, direito civil e eclesiástico, ciências naturais e línguas.

✝️ Vocação e ministério

Após participar como secretário na Paz de Westfália (1648), sentiu-se chamado ao sacerdócio. Ordenado sacerdote em 1655, foi nomeado bispo de Bérgamo em 1657 por influência do Papa Alexandre VII.

🧭 Bispo reformador

Viveu intensamente o espírito do Concílio de Trento, dedicando-se: à formação do clero, fundando seminários; à visita pastoral frequente nas paróquias, mesmo as mais remotas; à educação cristã do povo e à disciplina litúrgica; à caridade com os pobres, órfãos e doentes. Mais tarde, foi transferido para a Diocese de Pádua, onde aprofundou ainda mais seu compromisso com a renovação eclesial.

📚 Homem de ciência e fé

Fundou uma das mais completas bibliotecas eclesiásticas da época. Defensor do diálogo com outras confissões cristãs, sem abandonar a firmeza doutrinária. Unia o espírito missionário e intelectual com profunda humildade e oração.

🙏 Morte e canonização

Faleceu em 18 de junho de 1697, em Pádua, com fama de santidade. Foi beatificado em 1761 e canonizado pelo Papa João XXIII em 1960. João XXIII o considerava um modelo de pastor zeloso, culto e profundamente humano.

✨ Frase atribuída

"A ciência deve servir à fé, e a fé deve guiar a ciência com caridade."

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